por Ulysses Barros | jun 6, 2023 | Literatura
Em Vou-me embora pra Pasárgada, um dos poemas mais famosos de Manuel Bandeira, o eu-lírico é tudo aquilo que, em vida, o poeta nunca fora. Exceto, talvez, poeta. Caso possamos considerar que o eu-lírico vá de encontro ao fazer narrativo em que é engendrado. Em muito...
por Ulysses Barros | maio 30, 2023 | Literatura, Reflexões
O icônico poema José, do Drummond, possui uma das técnicas mais sofisticadas do fazer poético: o desdobramento do eu-lírico. Em outras palavras, o eu se divide sem perder a unidade, criando uma diálogo interno ao poema. As duas vozes são apresentadas logo na primeira...
por Ulysses Barros | maio 2, 2023 | Reflexões
A Torre de Marfim, pela tomada popular do direito à palavra, caiu em ruinas. Ao menos a ocupada por poetas, seres tidos como exotéricos, exóticos, estranhos. O rap é o responsável, mas não originou a primeira rachadura. Essa veio pelas milenares vozes dos oprimidos...
por Ulysses Barros | abr 24, 2023 | Reflexões
As bibliotecas talvez sejam os primeiros museus. Primeiro, por não se configurarem inicialmente como o constante hábito de leitura, afinal, a maioria dos livros, acumula poeira ao invés de serem lidos. Segundo, as bibliotecas sempre foram demarcadas como espaços de...
por Ulysses Barros | abr 24, 2023 | Literatura
O poema Instante, de Carlos Drummond de Andrade, talvez seja a melhor tradução poética da fenomenologia, ao menos no que que diz respeito ao tempo. O que cabe no infinito, não corresponde ao momento ou ao instante, valorados não enquanto cronologias, mas sim pela...