Olá, amantes da literatura! Vou discorrer um pouco sobre as diferenças nos processo de escrita de meus três livros: Metrópole (que em breve ganhará uma segunda edição), As coisas que não sei (disponível para compra pela editora Multifoco) e Pela cor de todo o sangue (publicação prevista para setembro de 2023).
O Metrópole foi e ainda é um desafio. É uma coletânea de contos inspirados livremente nos nomes míticos de nosso sistema solar, com alguns dos satélites das órbitas planetárias (em forma de poemas). Não se trata de uma ficção científica, pois a temática é situada em uma São Paulo que, de certo modo, possui semelhança a outros centros urbanos. Um típico caso em que a forma, no sentido da disposição dos textos e suas temáticas, regeu de modo substancial o conteúdo. Foram cerca de cinco anos de escrita nos quais dediquei incontáveis madrugadas, além de umas catorze revisões antes da publicação.
O desafio atualmente é realizar uma segunda edição que permeie a mutabilidade da vida urbana sem alterar em demasia o conteúdo. Apesar de se tratar de um livro focado principalmente na prosa, um dos melhores poemas que já escrevi se encontra nesta obra: Depois de Vênus.
As coisa que não sei, um livro focado em poemas, teve uma realização oposta ao seu antecessor. Contém poemas que escrevi desde meus dezessete anos, até o ano da publicação (2021). Com diversos poemas escritos e reescritos, a forma surgiu em uma tentativa de organizar tematicamente os poemas. Com esse rompimento da cronologia, e tendo como base o forte componente da memória enquanto reinvenção, o título brotou dessa impossibilidade de precisão ocasionada pelo fazer poético. Dois dos meus poemas favoritos deste livro são: Pêndulo e Depois da Tempestade.
Pela cor de todo o sangue é, sem dúvidas, o livro mais ousado que já escrevi. Nele há um predomínio de poemas, mas também há muita prosa poética e filosófica. Foi a escrita mais rápida, cerca de quatro anos, nos quais me dediquei a impossibilidade de dissociar a estética da política. A pandemia, o nefasto governo Bolsonaro, entre outros problemas de uma sociedade pouco acolhedora, resultaram neste que é um livro franco e necessário.
Um convite para pensarmos coletivamente o mundo. Uma proposta que qualifica o leitor enquanto escritor das melhorias ao viver em comum. Há no site, tanto na aba Versos quanto na aba Prosa, alguns textos que estão neste livro.
Há outros projetos, se é que este termo possa se aplicar à escrita, em andamento. Conforme for lançando farei a divulgação. Para quem quiser se aventurar o livro As coisa que não sei está à venda. Compre, leia e se quiser me diga o que achou. Adorarei saber a opinião de vocês.
