Pela cor de todo o sangue

Um livro que resultou de diversos fatores. Das fatalidades da pandemia da COVID-19, do governo necrófilo de Bolsonaro, das inconformidades entre o exercício da palavra literária em um mundo no qual a escrita é mercadoria. É o resultado de alguns encontros, o primeiro entre a filosofia e a poesia, da percepção que tal fronteira é apenas demarcação de quem, pesando um lado melhor que o outro, insiste em separá-las. Também é resultado da constatação que toda estética é, necessariamente, política.

Fazendo uso de diversos gêneros, tais como poemas, contos, ensaios, exploro a palavra visando ampliar a perspectiva de mundo do leitor para melhores caminhos ao convívio, convocando a cada página o diálogo necessário e vital em cenários tão devastadores das resultantes capitalistas. É um livro invariavelmente vermelho, e o mais relevante que ousei pensar, desde o rascunho da estrutura até a impressão.